"O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você. " Mário Quintana

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Amor do deuses

“Nos Himalaias havia um rei chamado Hivamam, casado com a rainha Mena, que tinha uma belíssima filha chamada Parvati ou Uma, filha das montanhas. Parvati era Sati reencarnada, esposa falecida de Shiva, ou deus transformador da trindade hindu, e estava decidida a reconquistar o seu amado. E assim foi… Perante o fogo sagrado, Shiva e Parvati procederam ao ritual que os consagrou marido e mulher e os tornou nas duas partes do Todo. Os dois completavam-se perfeitamente, existindo entre eles uma perfeita harmonia. Parvati era a pupila perfeita e Shiva o professor perfeito. Através das sagradas conversas entre eles, foram revelados os segredos dos Vedas, o esplendor dos Shastras (5), e o mundo foi enriquecido. O Cosmos rejubilou.”

É tempo de gente como nós, neste mundo moderno, refle­tir sobre as questões espirituais, ainda que não se tenha tempo para sentar numa almofada, ainda que não se tenha simpatia por pessoas que carregam um rosário no pescoço, e ainda que seja constrangedor expor nossas inclinações religiosas aos amigos que não as tenham.
Contemplar a natureza impermanente de tudo o que vivemos, assim como as conseqüências dolorosas do apego ao eu, traz paz e harmonia – se não para o mundo inteiro, pelo menos para a nossa esfera pessoal.

Dzongsar Jamyang Khyentse