"O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você. " Mário Quintana

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pausa para respirar!

Estudos de importantes centros de pesquisa em todo o mundo começam a medir o que já se sabia empiricamente: a prática cotidiana de exercícios respiratórios tem impacto positivo na saúde e no bem estar, além de auxiliar no tratamento de diversas doenças.
Os médicos constataram que quando se respira lenta e profundamente, se envia ao cérebro uma mensagem tranqüilizadora que ajuda a desarmar os sistemas de defesa. A respiração mais eficaz para isso é a diafragmática, semelhante à respiração dos bebês e muito utilizada em práticas de yoga, que expande o abdômen ao inspirar. Estudos do Laboratório de Pânico e Respiração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostram que 70% dos pacientes que sofrem de distúrbios de ansiedade conseguem diminuir em até 60% a dose de antidepressivos e ansiolíticos depois de seis meses.
Além da ansiedade, a respiração controlada revela-se eficiente no tratamento de hipertensão e até de dores crônicas, em alguns casos permitindo reduzir expressivamente as doses de remédios.
O grande mérito dos estudos recentes sobre respiração é dimensionar seu poder de interferir no funcionamento do sistema nervoso autônomo, que é dividido em simpático e parassimpático. O primeiro prepara o corpo para situações de perigo. Substâncias que contraem os vasos sanguíneos ( como a adrenalina ) são liberadas, provocando a aceleração do batimentos cardíacos e elevação da pressão arterial. A respiração pode interferir neste processo porque é a única das funções regidas pelo sistema nervoso autônomo que se pode controlar voluntariamente.
Estudos realizados com um grupo de 570 hipertensos pelo Food and Drug Administration (FDA) mostraram que a prática de 15 minutos diários de exercícios respiratórios reduziu em média a pressão de 15 por 9 para 14 por 8 após oito semanas. Em 10% dos casos a hipertensão desapareceu.
“O controle da respiração permite encarar crises e dores crônicas com menos medicação, possibilitando que o corpo fique mais relaxado”, explica o anestesista Ravi Prasad, diretor da divisão de Gerenciamento de Dor na Universidade de Stanford.
Fonte: Revista Veja , dezembro de 2009

De São Paulo

"Quando não há mais a autoidentificação
com o corpo, todo o espaço e o tempo
estão em sua mente, o que é uma mera
ondulação na consciência, que é consciência
refletida na natureza. Consciência e matéria
são os aspectos ativo e passivo do ser,
que está em ambos e além de ambos."

Nisargadatta Maharaj