"O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você. " Mário Quintana

domingo, 16 de maio de 2010

Estes são os dias...

Só duas vezes na vida eu me arrependi. É até bem pouco, considerando o karma libriano ao qual fui designada quando nasci!
Não entendo tão bem de astrologia, aliás, quase nada. Mas entendo de ser libriana. Com lua em câncer!!! Um exercício quase infindo de querer agradar a todos, com largas doses de oscilação, indecisão, segundos, terceiros e quartos pensamentos e conclusões sobre o mesmo tema!...HAHAHA...
Ufa!...ainda bem que o ascendente é Áries. Isso não conto muito para os outros, não. Meu lado libriano acha meio impulsivo este tal de Áries...meio desequilibrado. Mas confesso que me divirto um bocado com ele!! Faço umas travessuras, umas cagadas!... Ops, ta vendo?
Libriano é um bicho chique, que nem minha mãe me ensinou a ser! Então, você vai logo pensar que foi esta ‘balança’ que me levou a tomar decisões tão certeiras a ponto de me arrepender só duas vezes? Errado!
Pensei, pensei, pensei demais e ponderei... pensei tanto, tentei achar razões plausíveis que justificassem as vontades que julguei devaneios, que “perdi o bonde”. Na vida, queridos, só me arrependi do que não fiz!! (E fiz um monte de besteiras, hein! ).
A primeira, foi não dizer a alguém que o amava. Repeti a mim mesma milhões de vezes: “o tempo cura isso!”, e obviamente não curou!... O tal “amor” sim, passou! Mas o buraco que minha covardia deixou na minha alma por ter cedido ao monstro do medo, a criança que precisa da aprovação constante a ao fantasma do amor condicional que só se permite quando o outro “ama” de volta, ficou por anos a fio soprando no meu peito até que, mais de uma década depois, eu fosse atrás da tal pessoa e dissesse: “Olha... eu te amei!” Ufa! Passou! Agora to melhor! O fulano nem entendeu nada... e também nem importava! O exercício era do tipo “tu-contigo”. Eu precisava me libertar daquele falso senso de certo/errado, que, como o tal do chique/ impulsivo, veio de qualquer lugar, menos do meu coração.
A segunda vez foi quando perdi o show do Jamie Cullum (ídolo máximo!rs) quando veio ao Brasil, porque fiquei repetindo o mantra: “Putz, tô sem grana!”
Francamente!!!!: Nem me declarar ao fulano iria me transformar em puta, nem R$ 250,00 iria me deixar mais pobre!!! E se fosse também??!!! E daí?
(Adoro aquelas pessoas que gritam no show: “Lindoooooooooo!!!”. Porque elas não tem nenhum medinho de parecer cafona/ridículo. Rsss. E eu tenho um monte!!)
Pensar demais pode até parecer exercitar o intelecto. As decisões “bem pensadas” são no fundo uma grande arrogância, pois partem do pressuposto de que se tem na mente todas as respostas da vida. Que vai se tirar lá do fundo uma carta “bem pensada” pra depois dizer pra si mesmo: “Eu sabia!!! Eu sou muito inteligente, vivido, experiente, perspicaz, astuto!!”
“Santa ignorância, Batman!”.
Quanto ao Jamie Cullum, enquanto não dá o ar da graça novamente, vou treinando a espontaneidade, a superação, as rupturas dos padrões, o observador e a verdade por aqui mesmo. And I feel find!

“Porque as surpresas do relativo, das misturas, dos erros, das espontaneidades ou dos pecados fortalecem a alma e lhe ofertam seu nutriente mais importante: a evolução.”
do texto adaptado de Clarice Niskier. ‘A Alma Imoral’, de Nilton Bonder